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“Escrevo porque encontro nisso um prazer que não consigo traduzir. Não sou pretensiosa. Escrevo para mim, para que eu sinta a minha alma falando e cantando, às vezes chorando..." (Clarice Lispector)

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Flores e Espinhos




Quem vê de fora, pensa que a vida dela é perfeita. E de fato parece, mas não é. Ela sofre igual à todo mundo. Também fica triste, sente dores, perde amores e chora por carência.
Ela é aparentemente realizada, madura e até mesmo mimada. Só que não é bem assim. Na verdade, essa mulher tem menos amigos do que pensa, age ainda como uma menina e vive de escolhas erradas. Sua ingenuidade não é por falta de vivência, e sim por excesso de fé nas pessoas. Porque ela confia nos outros, deseja o bem de todos e acredita poder ajudar a todo mundo.
            Seu caminho é tortuoso,e  as flores que colheu eram cercadas por grossos espinhos. Se hoje possui alguns buquês, foram a custo de vários ferimentos. Mas valeram à pena, porque os cortes secaram rápido, enquanto as flores continuam perfumando e embelezando o seu jardim.
            Ela já foi traída, enganada, subjulgada e desrespeitada. Mas perdoou e seguiu em frente. Porque o coração dela é difícil até de imaginar. Imenso, acolhedor, impossível de limitar.
            Muita gente já a aconselhou ser mais atenta e cautelosa. Mas desconfiar significa endurecer. E ela prefere continuar a acreditar, desejar o bem e tentar ajudar.
            Essa mulher ainda será a maior flor do jardim de alguém. Sem dúvidas, arrancá-la de suas raízes irá machucar... Mas valerá à pena. Afinal, as mais belas e perfumadas flores são repletas de espinhos.

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