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“Escrevo porque encontro nisso um prazer que não consigo traduzir. Não sou pretensiosa. Escrevo para mim, para que eu sinta a minha alma falando e cantando, às vezes chorando..." (Clarice Lispector)

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Caio Fernando de Abreu

Acorde, garota! Você é linda, inteligente, tem um ótimo perfume e seus olhos brilham mais que um punhado de purpurina. Por que chora? Perdeu em alguma esquina seu encanto?! Ninguém pode tirar de você seu mais belo sorriso, motivo de idas e vindas saltitantes. Coloque sua música favorita para tocar, respire fundo e faça o que de melhor sabe fazer: ser você.”



sábado, 29 de outubro de 2011

Certo e Errado




De olhos fechados, ela vê tudo em branco. Não preto, como de costume, mas branco. Uma página, ou várias, a serem ainda escritas. Sente-se cercada por um imenso e opressor vazio, pressionada a escrever qualquer coisa que seja.
Não lembra de como chegou até aqui e não faz idéia de como, nem para onde seguir. As companhias também mudam a cada esquina, poucas não tomaram rumos diferentes. Será que os outros foram pelos caminhos certos, enquanto ela insiste no errado? Mas qual é o errado? Qual é o certo? Aliás, existe certo e errado?... E eles são de fato antônimos?
Pois pra ela, certo e errado parecem se confundir, se misturar, se complementar. Não existe linha de separação, e sim distintos ângulos de visão. Afinal, o errado é o certo ao avesso, e o avesso é apenas um ponto de vista. Tratam-se da mesma coisa, organizada ou não.
A desordem mental dela é compreensível e comum. Tomou decisões que agora parecem induzi-la a caminho algum. Mas ela sempre seguiu seu coração, não é isso que todos dizem? Pois, então. Ela seguiu o seu coração e não descuidou da razão.
“Cada coisa no seu tempo.”
“O sol brilha para todos.”
“Orai e vigiai.”
“Cuide do seu jardim, que as borboletas virão.”
Para que tanta frase de efeito? Para acalentar? Ela dispensa piedade. Se não houvesse uma quantidade infindável de pessoas infelizes, essas palavras não seriam tão repetidas. E, de infelicidade, ela já está bem servida.
Então, não resta outra opção. Ela vai seguir escrevendo novas páginas, se arrependendo de algumas antigas, e se orgulhando de outras. Acho que é assim com todo mundo mesmo, talvez ela nem tenha saída. Pra cada página certa, haverá no mínimo duas erradas, ela sabe disso. Mas o que é certo? O que é errado? Aliás, existe certo e errado?

domingo, 23 de outubro de 2011

Um mais um

Integrante do meu ser,
És parte do que sou
Fragmento mais puro de minh’alma
Pedaço mais bonito de meu coração
És meu grande e infinito amor.
Amores vêm e vão
Às vezes, apenas amores vãos,
Mas tu não.
És toda a minha grandeza,
Meu maior presente em vida,
Minha escolha mais sábia,
Melhor parte do que sou.
Orgulho-me de mim,
Por ter-te e pertencer-te.
Esse amor,
Nosso amor, transcende existências.
Amor sem fim
Amor de irmão
Amor que se reconhece em qualquer situação
E, sem perceber, se procura
E, sem procurar, se encontra
Amor que se reencontrará infinitas vezes,
Até que o eterno deixe de existir.
Nosso um mais um, é um
Meu eu se completa em ti.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Valer à Pena


Coisa mais louca essa tal de felicidade. É indefinível, indescritível... Difícil de ter, e fácil de apreciar. Pode ser totalmente emocional, mas de tão intensa, torna-se física. Altera o humor, o rumo, a vida toda. Parece uma semente plantada dentro da gente, que nos faz abrir em flor, em sorriso, em amor. Faz a vida valer à pena.
Sem razão aparente, vem um tremor. Uma vontade de gritar, abraçar até sufocar aquela pessoa que você acabou de avistar. Vocês quase não se encontram, mas quando isso acontece... Ah, é pura felicidade. Porque ela te faz feliz como ninguém. Porque ela tem um jeito só dela, e te faz sorrir só por ser quem é. Conhecê-la valeu à pena.
Uma borboleta cruza os seus olhos, e de repente, você sente aquilo. Está encantado. Você a viu por segundos, mas foi o suficiente para lembrar-se das enormes pequenas belezas do mundo. Sentindo-se feliz inesperadamente, aquela borboleta transeunte no seu olhar, te faz querer sair do próprio casulo. Sair de casa valeu à pena.
O dia foi horrível. Daqueles que a gente pensa que teria sido melhor ter continuado a dormir. Mas isso só até você contar para um amigo toda a sua tragédia embutida numa comédia... E ele soltar aquela gargalhada alta e gostosa. Não qualquer uma, mas aquela que faz o seu coração e a sua alma rirem junto. Pronto. O dia valeu à pena.
No fim das contas, a gente percebe que os clichês têm alguma razão. Não dá para ficar deitado na cama, esperando a felicidade chegar. Tampouco ir atrás dela enlouquecidamente. É preciso apenas seguir o caminho, continuar vivendo. Ela não é o pódio de chegada, nem a própria estrada, mas vez ou outra, a gente tropeça nesse sentimento. E aí, quando se vê, você percebe que é feliz e todos os passos até aqui valeram à pena... E constata que viver vale sim muito à pena.