Ao longo dos anos, nós semeamos, colhemos, fazemos escolhas e tomamos decisões. Muitas vezes erramos, é claro, ninguém vive de acertos. Aliás, é justamente o contrário. Vive-se dos erros que se pretendem acertados. Sinalizamos, decidimos e, somente então, trilhamos nossos diversos caminhos.
Às vezes, seguimos rumo a um ‘beco sem saída’, a um labirinto, ou mesmo a um círculo. E, nesses momentos, precisamos parar, perceber onde estamos, lembrar de onde desejávamos chegar e, por fim (ou por recomeço), voltar ao ponto de partida. Reiniciar a caminhada sempre perece uma decisão drástica e costuma ser uma atitude bastante recriminada pelos sensatos. Sensatos, acomodados, covardes... Para mim, têm o mesmo significado.
Retomar o caminho faz-se necessário. Afinal, que mérito há em andar em círculos ou continuar sem saber ao certo aonde se vai? É preciso traçar objetivos sempre, e perseguí-los com determinação. Viver não é fácil. Vida não vem com manual de instruções, nem mapa. É preciso testar, arriscar, consertar, mudar, voltar todo o tempo. Sim, é difícil e por vezes, frustrante, mas vale a pena. O destino tem que valer a pena.
Por isso, escolha com clareza, cuidado e paixão o seu pódio de chegada. Ele fará valer todos os percalços vividos até aquele momento. Quanto mais pretensioso o objetivo, mais sinuoso o caminho. Mas a vida não se resume à estrada perigosa da serra, porque a felicidade despertará quando você chegar à casa do cume, aquela que sempre fora almejada, e somente você alcançou.
Eu, particularmente, sou uma grande admiradora dos que não têm medo de recomeçar. E tento me reinventar a cada dia, pois ninguém suporta uma estrada reta, sem ramificações ou subidas e descidas. Estou focada nas milhares de possibilidades de caminhos, agora. Se minhas escolhas forem erradas, voltarei e retomarei a caminhada, como sempre faço... Como espero sempre fazer.