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“Escrevo porque encontro nisso um prazer que não consigo traduzir. Não sou pretensiosa. Escrevo para mim, para que eu sinta a minha alma falando e cantando, às vezes chorando..." (Clarice Lispector)

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Preciosidades



Curioso como algumas pessoas marcam nossas vidas, mesmo em pouco tempo. Deve ser uma espécie de talento, acredito. Amar e se fazer amado é tão difícil, tão raro. Exceto para essas pessoas de alma clara e coração acolhedor.
Tenho muitos amigos. Alguns precisaram me conquistar, outros coube a mim tentar. Mas cada um deles é interessante, tem um quê de apaixonante. E o que me cativa, é sempre alguma característica que faltava à minha vida, ainda que eu não percebesse. Todos os tesouros que carrego comigo, são pessoas que trazem dentro de si algo que não tenho, ou que perdi.
Uma das minhas pérolas mais caras me alegra como ninguém, e vive repetindo que eu a divirto. Será que ela não vê a leveza de espírito que tem ou o que nos faz chorar de rir não é a graça da outra, mas sim a graça de estarmos reunidas? O meu maior diamante é de transparência que impressiona, e de beleza que cega. É encantador, puro e inquebrável. Curioso como uma pedra tão dura pode receber com tamanha delicadeza e receptividade a quem procura seu colo.
Tenho também esmeraldas, safiras, jades, opalas, rubis, topázios, turmalinas, alexandrites e benitoítes no meu acervo de preciosidades. Umas brilham de ofuscar, enquanto outras são tão opacas quanto valiosas.
Zelo é pouco. Eu tenho verdadeira admiração e encantamento pelos meus tesouros. Carrego-os comigo aonde vou. E não tente roubar um só que seja. De princesa, transformo-me em dragão para protegê-los. Cuspo fogo até incendiar, se alguém me furtar ou os danificar.

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