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“Escrevo porque encontro nisso um prazer que não consigo traduzir. Não sou pretensiosa. Escrevo para mim, para que eu sinta a minha alma falando e cantando, às vezes chorando..." (Clarice Lispector)

sábado, 5 de novembro de 2011

É só Merecimento

Então, a gente percebe que está bem. De uma hora para outra, de um jeito ou de outro, fica tudo bem. Não sabe quando ou como aconteceu, mas sente que melhorou. A gente volta a rir de besteiras e quase não se lembra das tristezas. Passou. Pois é, aquilo que acreditava- se não terminar nunca, parece que sequer existiu.
Eis que os planos e sonhos voltaram à tona. Eis que o coração voltou ao seu ritmo normal. Eis que a gente voltou a ser o que era. E agora, o cabelo ficou até mais brilhoso, a pele mais sedosa, o sorriso mais sincero, a vida mais bonita. Eis que a gente aprendeu a andar por si só, e descobriu não precisar de companhia.
Por muito tempo os olhos procuraram o mesmo semblante, os ouvidos a mesma voz, a pele o mesmo toque. De repente, passa. E, nesse momento, a gente percebe estar curado de novo... E torce pra vida se movimentar um pouco.
Claro que não foi fácil, nem simples assim. A dor cessara, mas havia sido bastante sofrida. Dizem por aí que isso só acontece para que a paz seja valorizada... Talvez até mais merecida. E isso é uma verdade. A gente mereceu essa paz, que se segue à turbulência. A paz que vem, pra colocar tudo nos eixos novamente, ou pela primeira vez.
Esse sol da manhã entrando pela janela do quarto, a brisa que corre, o som de vida lá fora, a vontade de ganhar o mundo... Tudo isso foi batalhado, tudo isso é merecido. A gente conquistou o direito de sentir e viver tudo isso.



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