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“Escrevo porque encontro nisso um prazer que não consigo traduzir. Não sou pretensiosa. Escrevo para mim, para que eu sinta a minha alma falando e cantando, às vezes chorando..." (Clarice Lispector)

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Imortalidade


Essa vontade
Esse desejo
Essa sede
Essa ansiedade
Esse desespero

Essa coisa desmedida
Que me confunde, me invade, me inunda
Essa sacudida na alma, que me desestabiliza
Esse impulso de voar com destino final...

Meu destino é a tua nuca
Teus cabelos desalinhados
Teu peito largo, tuas mãos grandes
Meu destino são teus olhos que me mastigam
Tua boca que me anseia
Teus braços que me chamam

Quero arrancar-te as roupas e a pele
Saciar minha sede num só gole
Deixar que nada de ti reste
Quero ter-te dentro de mim
E imortalizar-te, assim



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