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“Escrevo porque encontro nisso um prazer que não consigo traduzir. Não sou pretensiosa. Escrevo para mim, para que eu sinta a minha alma falando e cantando, às vezes chorando..." (Clarice Lispector)

quarta-feira, 23 de março de 2011

A coisa certa

Hoje eu fiz a coisa certa. Tenho certeza disso. Fiz o que deveria ser feito. Realizei o que nem eu mesma acreditava que conseguiria. Parabéns para mim! Foi o meu primeiro ponto neste jogo. Primeiro e último, provavelmente. Pois, na tela, apareceu “game over” agora. Droga. Será que hoje eu fiz a coisa certa?
            Tudo bem, estou fazendo tudo parecer maior do que de fato foi. Mas faço isso porque não sei ser de maneira diferente. Sou assim, exagerada, intensa mesmo. Sou tão clara e transparente quanto alguém pode ser. Pareço dramática, eu sei. Mas dentro do meu drama, tudo o que eu digo sentir é real.
            Acho isso uma tremenda injustiça. Essa coisa de algumas pessoas sentirem tão profundamente, enquanto outras apenas superficialmente. Muito injusto. Mas, se no amor, não existem regras, existiria justiça? É claro que não. Caso existisse, eu não estaria assim, triste.
            A vida inteira eu acreditei que tomar a decisão correta nem sempre seria fácil, mas nos daria paz de espírito posteriormente. Hoje, aprendi que isso não passa de uma grande bobagem. Porque a nossa tranquilidade interior está relacionada ao que o coração diz irracionalmente, e não ao que a cabeça afirma conscientemente. Tudo errado. Na teoria, eu fiz a coisa certa, mas não estou certa disso.


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