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“Escrevo porque encontro nisso um prazer que não consigo traduzir. Não sou pretensiosa. Escrevo para mim, para que eu sinta a minha alma falando e cantando, às vezes chorando..." (Clarice Lispector)

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Auto- sabotagem





Às vezes penso nele
E, em alguns momentos, penso em nós.
Penso em como seríamos juntos
E no quão isso me soa ideal.
É nessa hora que me lembro dela
E constato, ainda que contra a minha vontade, que eles seriam perfeitos.
Ela, de cumplicidade e astral infinitos.
Ele, de doçura e simpatia incomparáveis.
Deduzo não haver espaço para mim.

Mais uma história que não é minha
Mais um romance que não é meu

Percebo que sempre projeto mais do que realizo
E que sou apenas coadjuvante da minha própria história,
Porque vivo num ciclo de auto-sabotagem interminável.
A desesperança e a descrença estão sempre na medida do entusiasmo
A frustração é grande
E machuca.
Da dor, nascem lágrimas
Que lavam meu rosto e renovam minh’alma,
Dando- me a falsa impressão de prosseguimento.
Mas seguir para onde, se meu caminho é circular?

Não tem jeito,
Preciso mesmo me conformar.
Lembrar da existência dele me acelera até a alma
Me dispara, perturba e faz flutuar.
Devo permitir que se instale a dor
Caso deseje, por um ínfimo momento, estrelas alcançar.

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