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“Escrevo porque encontro nisso um prazer que não consigo traduzir. Não sou pretensiosa. Escrevo para mim, para que eu sinta a minha alma falando e cantando, às vezes chorando..." (Clarice Lispector)

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Reiniciando Ciclos

Fique à vontade para retornar ao meu mundo, pois tua presença já não incomoda mais. A pontada no meu peito ao te ver, sumiu. O sorriso nos meus olhos, também. Agora, posso dizer que não só me curei de ti, como também de mim.
Desculpe, estou sendo injusta. Devo agradecer-te sem fim. Porque se hoje sou indiferente a ti, é inteiramente tua responsabilidade. Sou sinceramente grata por me libertares de tuas garras.
Ao me mostrares quem de fato és, permitiu-me perceber uma grande contradição feita por mim. Desejei de ti um comportamento que não condiz com tua personalidade. Desejei de ti o que espero encontrar no meu amor. Desejei que priorizastes as minhas prioridades. Desejei que fostes alguém que não és.
Agora, revitalizada, não pretendo isolar este meu pobre coração numa gaiola, para que não se machuque mais. Irei soltá-lo em campo aberto, e fatalmente, ele retornará ferido. Precisarei então, afagá-lo e protegê-lo do mundo por um tempo. Breve tempo. Quando a dor cessar, o soltarei de novo. Assim será, por algumas vezes. Repetidas vezes. Infinitas vezes.
O sofrimento, não importa quão doloroso possa ser, é preferível ao nada. A falta de sentimento pode enlouquecer um ser sensível. Ferimentos surgem e cicatrizam-se o tempo todo. É doloroso, mas passageiro. Já o vazio, a ausência da palpitação... Daquilo que toca, treme, arrepia... Arrasa a sanidade de qualquer pessoa.
Por isso, não me arrependo de manter meu coração livre. Ainda que signifique muitos futuros curativos a fazer. Tenho dentro de mim, um músculo pulsante ansioso por novos ares; à minha frente, um imenso campo ensolarado; e na minha mão, muitos esparadrapos.

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