Às vezes, vejo- te como ilusão.
Talvez porque foges de mim ou quando apareces sem fim, sei lá. Só sei que me
embaralhas como jamais pude imaginar. Vejo- te ali e ao me certificar, já não
estás mais. És difícil de acompanhar.
Penso que te projeto em meu
olhar. Talvez tu estejas dormindo ao invés de passear. Pois não vejo propósito,
apenas observo-te caminhar tão próximo... Quase ao meu alcance... E, ao piscar,
a realidade renasce e o desejo se desconstroi. Não estais lá.
Talvez jamais estivestes, ou
ainda talvez meu frágil ser tenha registrado- te uma única vez e agora reflete,
num querer eloquente, teu andar preciso e misterioso projetado de minha mente.
Talvez seja qualquer um desimportante, mas meu querer transforme-o em ti. Ou
talvez sejas tu mesmo, me escapando com tamanha facilidade, que sequer parece
existir.
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