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“Escrevo porque encontro nisso um prazer que não consigo traduzir. Não sou pretensiosa. Escrevo para mim, para que eu sinta a minha alma falando e cantando, às vezes chorando..." (Clarice Lispector)

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Aparar as Pontas


Esse desejo de mudar a vida, de crescer, fazer, acontecer e principalmente, ser, é também um desejo de morte. Tenho vivido um desejo forte de matar tudo o que atrapalha essa minha caminhada. Morrer um pouco pra voltar ainda mais viva, é necessário, eu acho.

Vontade de matar essa preguiça, essa preocupação com desimportâncias, esse querer inerte. Vontade de assassinar (com requintes de crueldade até) as roupas que não servem mais, os sapatos que machucam e as pessoas que não acrescentam... Antes que elas me matem! Vontade de atirar pela janela tudo que me atrasa, inclusive o relógio. Vontade de resgatar o tempo que não perdi, para abrilhantar o que ainda há por vir.

Minha vontade, na verdade, é apenas de viver. E viver bem. Se para isso, for preciso matar ou morrer um pouco, assim farei. Dizem que quando cortamos as pontas do cabelo, ele cresce mais rápido e mais bonito. Com gente também funciona assim. É necessário “aparar” o que não presta, para seguir. E seguir melhor. Seguir com força, brilho, e muito mais vida.





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