Tenho levado
meus dias no automático... Não estou sabendo viver de outra maneira. Sinto
falta intermitentemente do meu amor.
Tudo dele que há em mim, me dói de uma maneira absurda. Corrói o que
tive de fé e oculta o que tenho de amor.
O cheiro do meu amor
não é doce, forte, nem suave. É só dele. É algo inexplicável. Me parece
chocolate, terra molhada, maresia, bolo saindo do forno, café e chiclete de
hortelã. Aquilo que eu chamaria de combinação perfeita. A minha melhor
combinação.
O toque do meu
amor também é só dele. Em algumas vezes, delicado e cuidadoso. Parece temer que
eu quebre. Sinto-me sua grande preciosidade. Ele me olha como só existíssemos
nós no seu mundo, e me beija como se cada um fosse o último. Por outras vezes,
o olhar é de fome, o beijo devorador, a pegada de bicho e parece mesmo é que a
intenção é me quebrar. Não sei dizer qual dos momentos prefiro... Meu amor sabe
dosá-los como ninguém. Acredite, você também iria se apaixonar.
Meu amor é o que
tenho de mais maravilhoso. É verdadeiro, íntegro, inteligente, divertido,
visceral e tem uma relação com seu violão que só não é mais intensa do que a
nossa. Ele tem uma voz que me arrepia, um olhar que me toca e a gargalhada mais
gostosa de se sentir.
Reconheceria o
meu amor mesmo virado ao lado avesso e sem fundo musical. O perceberia no
olhar, na pele e no coração. Acho que quando a gente encontra o amor, não sente
dúvidas. Simplesmente sabe. Alguma coisa deve palpitar, avisando.
Por isso, ando
com atenção. Se o meu amor passar, o apito soa e eu o seguro depressa. Pode ser
que ele passe do outro lado da rua. Pode ser que passe por entre meus amigos.
Pode ser que passe por meu dia a dia. Se passar por mim, fica. Não passa mais
por outros olhares.
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