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“Escrevo porque encontro nisso um prazer que não consigo traduzir. Não sou pretensiosa. Escrevo para mim, para que eu sinta a minha alma falando e cantando, às vezes chorando..." (Clarice Lispector)

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Meu Amor


   

      Tenho levado meus dias no automático... Não estou sabendo viver de outra maneira. Sinto falta intermitentemente do meu amor.  Tudo dele que há em mim, me dói de uma maneira absurda. Corrói o que tive de fé e oculta o que tenho de amor.
         O cheiro do meu amor não é doce, forte, nem suave. É só dele. É algo inexplicável. Me parece chocolate, terra molhada, maresia, bolo saindo do forno, café e chiclete de hortelã. Aquilo que eu chamaria de combinação perfeita. A minha melhor combinação.
        O toque do meu amor também é só dele. Em algumas vezes, delicado e cuidadoso. Parece temer que eu quebre. Sinto-me sua grande preciosidade. Ele me olha como só existíssemos nós no seu mundo, e me beija como se cada um fosse o último. Por outras vezes, o olhar é de fome, o beijo devorador, a pegada de bicho e parece mesmo é que a intenção é me quebrar. Não sei dizer qual dos momentos prefiro... Meu amor sabe dosá-los como ninguém. Acredite, você também iria se apaixonar.
        Meu amor é o que tenho de mais maravilhoso. É verdadeiro, íntegro, inteligente, divertido, visceral e tem uma relação com seu violão que só não é mais intensa do que a nossa. Ele tem uma voz que me arrepia, um olhar que me toca e a gargalhada mais gostosa de se sentir. 
        Reconheceria o meu amor mesmo virado ao lado avesso e sem fundo musical. O perceberia no olhar, na pele e no coração. Acho que quando a gente encontra o amor, não sente dúvidas. Simplesmente sabe. Alguma coisa deve palpitar, avisando.
        Por isso, ando com atenção. Se o meu amor passar, o apito soa e eu o seguro depressa. Pode ser que ele passe do outro lado da rua. Pode ser que passe por entre meus amigos. Pode ser que passe por meu dia a dia. Se passar por mim, fica. Não passa mais por outros olhares. 

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