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“Escrevo porque encontro nisso um prazer que não consigo traduzir. Não sou pretensiosa. Escrevo para mim, para que eu sinta a minha alma falando e cantando, às vezes chorando..." (Clarice Lispector)

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Dia de Chuva

Tuas palavras vazias, tão cheias de significados implícitos,
Me inibem.
Tua conversa casual, repleta de intenções,
Me expõe.
Teu olhar imponente acentua com sutileza o que dizes.
E assim, boca e olhos me repelem.

Discretamente, recolho- me em mim
Torço para que não percebas a minha compreensão
Preferia continuar na ignorância
Somente desta maneira, mantería- me ilesa por algum tempo.
A consciência de se saber preterida
Destroi qualquer tipo de admiração e desejo.
Apesar disso, todo fim implica num novo começo.
Devo ater- me à esta ideia e seguir em frente,
Sempre em frente.

A vida segue e me arrasta como uma correnteza
O oceano dos dias proporciona calmaria ao sol
E também grandes tempestades, que parecem jamais cessar.
Mas é impressão de quem navega, apenas impressão.
Fruto das mentes pessimistas
Pois a cada surgimento do sol, tudo se renova.
O dia, o tempo, a vida.
Amanhã, sei que nada daquilo me soará tão ruim.
De hoje, só restará a brisa gélida e o cheiro de terra molhada.

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