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“Escrevo porque encontro nisso um prazer que não consigo traduzir. Não sou pretensiosa. Escrevo para mim, para que eu sinta a minha alma falando e cantando, às vezes chorando..." (Clarice Lispector)

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Insanidade

Não é possível que não se dê por satisfeito. Agora, além de perturbar a minha cabeça durante todo o dia, também resolvestes ocupar a minha noite. Qual será tua intenção? Me deixar louca de vez? Pois se este intuito for, podes ficar tranquilo, meu amor. Há muito já não sou sã.
Atravessastes rapidamente a minha vida, como um tufão, um furacão. Da mesma forma avassaladora que chegou, passou. Sim, passou. Mas deixastes rastros, marcas profundas na minha cabeça e no meu coração. Levastes com você a minha paz e minha sanidade. Nunca mais serei a mesma, podes disso certo estar.
Como é difícil olhar para o lado e realizar que não me acompanhas. Tua ausência me soa como a mais profunda solidão, embora eu reconheça que em poucas vezes estou de fato sozinha. Não te ter comigo me torna frágil, fraca, inoperante. É como se a melhor parte de mim tivesse debandado. Restou somente quem eu sou sem a tua companhia. Desprezível, desnecessária, desgostosa.
Tu deverias ser preso. Trancado na cela de mais difícil acesso possível, por toda a eternidade. Porque o que fazes, é crime. Crime hediondo. Roubas o coração de mulheres que deixam de viver, e passam a vagar pelo mundo em busca de ti e de si próprias.




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