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“Escrevo porque encontro nisso um prazer que não consigo traduzir. Não sou pretensiosa. Escrevo para mim, para que eu sinta a minha alma falando e cantando, às vezes chorando..." (Clarice Lispector)

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Procura- se

Procura- se com urgência um amigo. Mas não qualquer tipo, é claro. Preciso de um que seja especial. Que custe caro, por ser valioso, mas se doe sem nada cobrar. Alguém que seja sincero, divertido, companheiro e cúmplice. Que não tente esconder os próprios defeitos, nem se deixe abater por qualquer motivo.
Busco um amigo que ria das minhas graças, me atenda ao celular de madrugada, perca seu programa predileto para me ver, ceda a sua casa quando a minha não for suficiente, ouça pacientemente as minhas lamentações, me mande mensagens inesperadas de carinho, me proteja dos outros e de mim mesma, aceite as minhas tantas loucuras, me diga somente a verdade, me lembre que não sou o patinho feio, reclame quando eu sumir por muito tempo, compreenda os meus lapsos de afetividade, converse com o olhar, me empreste os melhores livros e me divirta com as maiores besteiras.
Procuro por uma pessoa de carne e osso, mas que saiba ser de ferro e açúcar. Um amigo que me conheça mais do que eu mesma, que tenha sempre o colo disponível, que me mande e- mails periódicos, que se chateie por eu falar demais sobre outras amizades e que conheça todas as minhas senhas.
Quero encontrar meu irmão de alma. Minha alma- amiga- gêmea. Alguém que saiba o quanto eu posso ser sarcástica e cruel, mas ainda assim, me admire. Que entenda que sou humana e imperfeita, mas ainda assim, espere sempre o melhor de mim.


 

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