Coisa maluca é essa de sentir ciúmes. Tornamo-nos reféns desse bicho doido, que parece ter vida própria. Ele implica, empurra, opina, reclama, agita... E nos faz ficar meio paranóicos. Quero dizer, meio que totalmente paranóicos.
É engraçado como cismamos com algumas pessoas. Basta o monstro que nos habita apontar um tal suspeito, e pronto. Surtamos. Não importa se a pessoa sequer sabe quem somos, ou se ela nunca deu indício de querer o nosso amado. Nada disso faz diferença. Afinal, se o que chamamos de sexto sentido deu sinal de alerta, é melhor ter cuidado para não ser enganado.
Gente já é estranha por natureza, quando está apaixonada, então, chega a ser medonha. Quem considera nobre e bonito apaixonar-se, nunca me viu sob o efeito da paixão. Fico enlouquecida, fora de mim. O chão e a gravidade deixam de existir, ao passo que, quanto mais alto é meu vôo, mais intensa e certeira é a minha visão. Visão, olfato, audição. Todos os meus sentidos parecem sempre querer provar alguma traição.
Esse estado de atenção permanente segue o rumo inverso da felicidade. Por uma porta entra o ciúme, pela outra, sai a tranquilidade. E, ainda assim, dou ouvido à esse monstro de garras afiadas, que tanto me arranha por dentro. Fazer o quê? Tenho muito ainda para crescer e aprender.
Não sou nenhuma psicopata, só não quero ser magoada. O problema é que o medo da dor, acaba machucando mais. Fere lenta e diariamente. E me impede de curtir o meu amor inteiramente.
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