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“Escrevo porque encontro nisso um prazer que não consigo traduzir. Não sou pretensiosa. Escrevo para mim, para que eu sinta a minha alma falando e cantando, às vezes chorando..." (Clarice Lispector)

sábado, 30 de abril de 2011

Teus Olhos

Não é que sejas bonito,
Mas também não és feio.
Difícil dizer o que de fato prende,
Atrai, faz-me perder em ti.

Talvez sejam esses teus olhos
Profundos, intensos, multicoloridos
Que instigam, reprimem e invadem.
Instigam meu coração,
Reprimem minha intenção
E invadem todo o meu ser.

Esses teus olhos que por vezes te contradizem,
Roubam-me os sentidos e o juízo.
Dizes não me querer por perto,
Mas eles cintilam ao me ver
Eu sei disso, posso perceber.
Pois ao cintilar suas lindas cores,
Fazem-me esquecer de minhas tantas dores.

Esses teus olhos,
Que deveriam ser meus,
Parecem sempre analisar, estudar, criticar.
São inquietos e insatisfeitos por essência
Admiráveis, fascinantes...
Excitantes.

Já esses meus olhos,
São pobres de cores,
Mas ricos em luzes.
E aguardam, como um tesouro perdido,
A aproximação do arco-íris desses olhos teus.



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