Então é isso. Acabou. Vivemos o que
tínhamos para viver, e você passou. Não me olhe assim, com esse quê de culpa,
nem pena. Estou bem. Sinto- me até mais leve, juro. Você me pesava as costas,
às vezes. Mas agora tudo mudou. Escolhemos. Definimos. Desfizemo- nos.
Vou levantar, fazer uma faxina bem
feita na alma e reaprender a sorrir. Expurgar tudo o que um dia me fez infeliz.
Atirar pela janela dos olhos, em forma de cascata de lágrimas, cada resquício de
você. Retirar a velha poeira escondida embaixo do tapete sentimental. Limpar
cautelosamente cada delicadeza em mim que ameaçava romper.
Depois de bem cuidada, minha morada
estará aberta a novas visitas. E eu estarei enfim disposta ao novo, porque
andava demasiado ocupada em esvaziar- me de você. Limpei, encerei, serenei. E
que venha o futuro, porque o passado eu já abandonei.
Lindo Marcelle! Voce que criou?!
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