Sinto que, aos poucos, aos muitos, aos
trancos... Vou- me. Percebo que cada vez mais me afundo nesse poço fundo e frio
dos desalmados. Pior do que sofrer, é morrer em vida, assim como estou me
permitindo.
Esse laço que nos uniu jurando
eternidade, mais parece uma algema. Não consigo me
libertar e ainda sou arrastada por você. Eu fico aqui, presa, pesada e parada,
enquanto você consegue - de alguma forma - se movimentar. Segue seu rumo, levando
a minha parte mais bonita... Aquela que ainda pulsa, implorando por vida. Que
azar o meu... Que destino inesgotavelmente atrelado o nosso.
Para ser sincera, estou me
descobrindo masoquista. Não, não me orgulho
disso, mas é tão torturante quanto deliciosa essa nossa proximidade. Tão proveitosa
quanto perigosa... E tão desejada quanto dolorosa. Você me dói
mais do que qualquer ferida física. Deixou cicatrizes profundas com suas
palavras superficiais e lembranças que, de tão felizes, me
entristecem.
E o pior de tudo, admito,
é isso. Tornou- me contraditória e diminuiu- me. Sou, agora, metade
incompreensível de uma coisa- qualquer- sem- vida. Eu, logo eu... Logo eu que
era justamente o oposto. Era inteiramente sensatez, transformei-me numa confusa
pequenez.
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